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Grupo 3B´s da UMinho publicou em 2008 na revista científica Science um artigo que
resulta da sua colaboração com o IBNAM (Institute for BioNanoTechnology in
Medicine da Nortwestern University, Chicago, EUA).
Helena Azevedo, do Grupo de Investigação 3B’s (Biomateriais, Materiais Biodegradáveis
e Biomiméticos) da Universidade do Minho, e colegas da Northwestern University
(NU) em Chicago e Evanston (Illinois) descrevem num estudo, pela primeira vez,
a formação instantânea de uma estrutura macroscópica na forma de um saco ou
membrana, quando duas soluções de cargas eléctricas opostas, uma contendo um
polímero natural e outra com moléculas de péptidos, são postas em contacto.
Imagine o que é ter um polímero e uma pequena molécula que
instantaneamente se conseguem auto-organizar para formar um saco forte mas
flexível, em que é possível cultivar células estaminais humanas, criando uma
espécie de ‘laboratório em miniatura’ que pode ser utilizado em terapias
celulares ou medicina regenerativa, na protecção de células estaminais do
sistema imunitário do paciente, sendo depois biodegradado ao longo de tempo,
libertando as células para fazer o seu trabalho de regeneração de tecidos.
Os
investigadores conseguiram demonstrar que os sacos podem permanecer por semanas
em cultura e as suas membranas são permeáveis a proteínas e nutrientes,
incluindo algumas moléculas de grande dimensão (como factores de crescimento).
‘O
biopolímero usado é o ácido hialurónico e tem sido estudado na Universidade do
Minho no âmbito de projectos de engenharia de tecidos de cartilagem.’ - Indicou
Rui Reis, responsável e presidente executivo do grupo 3B's.