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Notícia do Público (hoje):
“O Irão não terá ainda uma bomba nuclear, mas já domina os passos necessários para o seu fabrico. Esta será a principal conclusão do relatório que a AIEA irá apresentar esta semana, de acordo com o Washington Post. Não é ainda a prova indesmentível (ousmoking gun, a expressão que tem aparecido com frequência nos media) que vários países ocidentais esperariam. Mas será o suficiente para levar ao debate sobre mais sanções.
De três em três meses, a AIEA apresenta um relatório sobre o programa nuclear iraniano, que o regime garante ter fins exclusivamente civis e que muitos países suspeitam ter uma forte componente militar. Mas o documento que deverá ser publicado amanhã (a AFP adianta que poderá ser ainda hoje) será o mais detalhado até agora. E dele se infere que o programa nuclear é "mais ambicioso, mais organizado e mais bem sucedido do que se julgava", escreve o Washington Post.
De acordo com o diário, que obteve as informações junto de diplomatas e especialistas nucleares com acesso ao relatório, a Agência da ONU recebeu informações que mostram que o Irão já domina as técnicas necessárias para construir uma bomba nuclear graças à ajuda de cientistas estrangeiros.
Terá sido fundamental a participação do cientista russo Vyacheslav Danilenko (contratado na década de 1990 por Teerão), que ensinou a construir detonadores de alta precisão usados para espoletar uma reacção nuclear em cadeia. Também importante foi a transferência de tecnologia da Coreia do Norte (fórmulas matemáticas e códigos para a concepção dos projectos, diz o Post), e a contribuição dada por Abdul Qadeer Khan, o pai do programa nuclear paquistanês, para o mecanismo que gera a reacção em cadeia no núcleo da bomba (…)”
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